segunda-feira, agosto 28, 2006



Manhã de segunda

Manhã fria, é inverno, venta, há pouca neblina, mas não chove. Mecanicamente me levanto, pego uma toalha, abro o chuveiro. Água quente, reconfortante. Mecanicamente me lavo, me seco, me visto. Nem um grão a ser colocado em minha boca, me enjoa.
Ligo uma música, a que melhor me entretem enquanto termino de me arrumar e a deixo tocar infinitamente (talvez não tão infinitamente se a desligo depois). E ainda assim, mecanicamente.
Me despeço das almas que ainda dormem um sono que eu invejo, que me seria tão precioso. Saio, ando pelas ruas semidesertas, espero o ônibus, pego o ônibus, vozes irritantes, cheiros enjoantes, gestos petulantes. Finalmente me sento, relaxo e logo levanto novamente.
Sorriso mecânico, "bom dia" segurança, "oi, tudo bem?" colegas. Fórmulas, números, contas, gramáticas, desenhos, poemas, ah... como me cansa!
Fecho livros, abro livros, escrevo, apago, me irrito, me divirto.
Manhã de mau-humor. Manhã mecânica. Manhã entediante. É só mais uma manhã de segunda afinal...
imagem retirada do site de busca www.google.com

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Ainda bem que existe a segunda feira.
Eu penso assim, se não existisse tal dia tão infernal e temido, viveriamos em um eterno final de semana, de danças, de bebedeiras, de esperanças de tudo dar certo.
Isso é bom?! Você acha? Algo que alguém faz com você em dia de semana não te faz tão mal quanto algo que acontece em um final de semana. Viveriamos sempre sem dinheiro ou sem pique para ir em todas as boates e festas e bebedeiras que acontecem especialmente nos finais de semana.
Portanto, considero a segunda feira primordial na vida da pessoa, é o começo de um novo ciclo vicioso que só ousamos gritar: "Porque o final de semana não chega logo?"

6:07 PM  

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