segunda-feira, maio 24, 2010

Eu estava sentado na cama, com as costas na parede, de forma displicente e o notebook em meu colo. Além do aperto de mão, aquele seria o primeiro contato físico próximo que tivemos...
Ele sentou-se ao meu lado e encostou-se em mim para ver o que se passava na tela. O toque das pernas dele, nuas do joelho pra baixo, me fizeram sentir aquecido. Não, não só o corpo, mas a alma, o coração.
Perdi as contas, naquele dia, dos toques que me iludiam. Ou talvez minha mente só processasse o que eu quisesse.
Perdido, toquei seus sedosos cabelos de modo tão carinhoso. Eu sorria. Difícil? Quase impossível hoje.
Aquela noite teria sido a melhor, mas não foi como esperava. Na chuva gelada, viemos embora. Tudo que eu queria dizer era "me aqueça", mas não ousei dizer nada. Mais uma vez, sentados lado a lado, rumando para casa, estávamos juntos e eu pude sentir o calor de seu corpo. Por aquele momento, que poderia ter durado para sempre, eu tive o que queria. Não precisava de beijos ou carícias, nem de seu corpo nu contra o meu. Eu só precisava daquele contato, dele.
No fim, houve um abraço de despedida, naquela noite.
Desde então, tudo que faço é esperar o momento em que poderei sentir novamente o calor de seu corpo e, finalmente, sorrir uma vez mais.

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