domingo, outubro 22, 2006

......luz das trevas......
Even when the way looks dificult, ugly and full of stones you can see, in the middle of them, a beautiful and unique flower that can almost shine among the stones! (but it shines in my heart) And this flower is my hope, my happiness, my love and lover... forever and ever...


... "Se no meio do caminho tem pedras, também tem pessoaas como você no meio do caminho, e é isso que conta, pessoas que quebram pedras e destroçam montanhas."[1]

Em nossas vidas há sempre obstáculos, pedras no caminho como dizia Drummond. Mas assim como ele, devemos passar por cima delas, desviar até que possamos dizer que "no meio do caminho TINHA uma pedra". Não há nada mais frustrante que tais pedras, pricipalmente quando elas estão por todo o caminho, mas a vida há de ensinar tbm que há flores no caminho e, mesmo que sejam raras, são as flores que importam e não as pedras. As pedras nos ensinam o duro caminho, mas as flores o tornam belo aos nossos olhos, elas nos dão a vida, a luz, a alegria, além de fazerem com que tais pedras sejam insignificantes em meio a tanta beleza que uma única flor pode proporcionar.
Às vezes é difícil aceitar que o caminho seja cheio de pedras ou mesmo que haja uma parede de pedras há nossa frente, nos separando daquilo que nos mais é de valor. Há que se aprender a lutar, a quebrar as pedras, a passar por cima, a levantar a cada derrubada e intervenção delas. Não há nada mais gratificante do que olhar pra trás e ver aquela mesma pedra que nos fez tropeçar. A pedra se foi, mas a lição perdura, assim como aquela flor que agora toma um sentido mais amplo que não só flor.
Quantas vezes já deixamos pra trás as pedras e as flores em nosso caminho sem nem ao menos nos darmos conta disso. E isso é triste, pois quem deixa as flores pra trás, deixa uma felicidade, um amor, uma vida toda. Quem esquece as flores perde as forças, perde a dignidade e erra de novo, no mesmo caminho. Pois então que levemos as flores conosco, as guardemos em nossos corações e as aqueçamos a cada lembrança vívida.
Então que o caminho seja cheio de pedras e, quanto mais pedras, maior valor terá a flor e que nunca, nem mesmo em sonho (creio que nesse caso pesadelo), deixemos com que a flor se vá ou fique, desfaleça ou suma. Que possamos proteger, cuidar e cultivar tal flor para que ela permança sempre bela a nosso lado. E, mesmo quando nos é roubada, que tenhamos forças para recuperá-la e dar-lhe a beleza que um dia lhe foi privada.
Que haja pedras, que haja flores, que haja dor e também amor, mas que nunca acabe.

Je consacre ce texte à toi, mon petit!

[1] escrito por Albert

Foto tirada por Albert

sábado, outubro 21, 2006

O erro de ser feliz

"I want to stand with you on a mountain. I want to bathe with you in the sea. I want to lay like this forever. Until the sky falls down on me..."

(Savage Garden - Truly Madly Deeply)

Cada dia que passa nosso mundo parece mais fechado, manipulado e intolerante. Pessoas se odeiam, mentem, pisam umas nas outras e invejam a felicidade alheia. Algumas simplesmente não entendem o significado de palavras como amor e felicidade e, achando estar fazendo o melhor, suprimem esses sentimentos vindos de outras pessoas. É triste ver que, para algumas pessoas, amar pode parecer pecaminoso.
Há milhares de anos que o amor é apreciado ao mesmo tempo em que condenado. Vide histórias como Romeu e Julieta, clássico do romance impossível. Infelizmente as ramificações disso se estendem infinitamente e ainda há quem julgue tal sentimento sem nem ao menos tentar entende-lo.
Quantas vezes pude presenciar casais se beijando apaixonadamente em um parque e, meses, semanas ou até dias depois, estarem separados sem nem ao menos olharem um na cara do outro. Agora já cansei também de contar os casos em que duas pessoas realmente se amam e algo ou alguém os separa, às vezes pra sempre, mas quando só por um tempo essas pessoas tornam a se encontrar e o amor não morreu. É difícil compreender como a sociedade age, quanto mais intenso o amor mais perigoso parece ser aos olhos alheios. Há ainda os que (pré)julguem uma relação de afeto simplesmente porque os envolvidos são do mesmo sexo ou tem idades muito diferentes. Desde quando amor tem sexo e idade? Desde quando somos capazes de escolher aqueles que amamos?
Julgar é extremamente fácil quando não se está envolvido, quando não é você o julgado. Impedir, brigar, castigar parece a solução. Há anos que a história vem nos mostrando que tais atitudes apenas inibem, amedrontam, mas nunca extinguem tais atos e sentimentos.
Às vezes as pessoas que julgam e proíbem tal amor o fazem apenas por não entende-lo. Essas pessoas causam mais mal do que o amor que elas julgavam errado, pecaminoso ou até mesmo danoso.
Se pudéssemos escolher a quem amar e em que circunstância, simplesmente seríamos eternamente felizes, sem obstáculos, assim como escolheríamos o modo mais fácil e aceitável, amaríamos pessoas que nunca seriam rejeitadas pela sociedade, teríamos o relacionamento “normal”, como dizem a “Santa” Igreja, os moralistas, a sociedade como um todo.
A cada ano que passa parece que a mente das pessoas se fecha mais, na Antigüidade greco-romana não havia tantos julgamentos quantos e de hoje e, indo mais a fundo na história, os celtas viviam em harmonia, celebrando seus rituais e amando o ser humano como parte de si mesmo. Onde foi parar essa pureza? Por onde se esvaiu essa aceitação, esse não-julgamento? Em que terra longínqua terá sido enterrado o direito de amar sem se importar com todo o resto?
Eu ficarei feliz de saber... Poder ressuscitar tais valores que morrem mais e mais a cada dia nos corações das pessoas, ser capaz de viver meu amor sem medo de ser lançado à fogueira da Moralidade, antes chamada Inquisição, onde os não aceitos eram simplesmente dizimados.Anseio apenas pelo dia em que possa ser livre e reencontre meu amor.


Je consacre ce texte à toi, mon petit!
Imagem retirada do site http://gemiange.deviantart.com/ e editada por André Augusto