segunda-feira, março 22, 2010

Tão Breve...

Sento-me em minha cama, a mesma a qual passei horas a falar com você, sobre tudo, sobre todos, sobre amores, as decepções, sobre mim, sobre você. Nunca falamos de nós. Minto. Falamos, mas mal nos conhecíamos, era um flerte como outro qualquer. Talvez não. Hoje eu sinto sua falta, seu cheiro que pouco senti, seu abraço quente que me fez esquecer o mundo, a solidão, a dor. Os sorrisos que me causou que agora, parecem vagos. Me lembro de sorrir encantado enquanto falava empolgado sobre as coisas das quais entende como ninguém. Errei... talvez? Não sei. Teu silêncio é pior que tuas palavras secas. O não saber de ti me consome e não me sai da cabeça. Quisera eu ter percebido antes que era você entrando em minha vida, em mim. Que faço agora se tudo que tenho são memórias e angústias, cheiros e palavras perdidas... Queria ir até você, mas essa barreira que criamos me impede, por quanto tempo aguentarei? Nem ao menos pude desfrutar do poder gostar de ti, de empolgar-me com o novo sentimento, as novas cores em minha vida. Foi tão rápido que quando vi já estava perdido, sozinho no meio da noite, num lugar estranhamente familiar, mas a mente buscando a verdade, buscando você. Por quanto tempo vai me privar de você? Quando vai me deixar entrar? Se vai... E eu vou, pra algum lugar, eu vou.